Poesia do Olhar

Poesia do Olhar

Friday, October 16, 2015

Ah, coração de poeta!/Chopin



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Ah, coração de poeta! como podes tu florir?
Entre os oásis da terra e os enigmas do céu...
Sem te entranhares nos labirintos da vida
E os espelhares puros nas vozes do teu véu.
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Ah, poeta! e quantos vapores de snobismo?
A vaguear na terra por entre brumas e esperanças
E no céu por entre mistérios e fragrâncias.
*
Rega-me antes com as cores da vida
Desde os tons da violeta até aos da orquídea vermelha,
Pois é nesses cheiros que se distinguem os amores genuínos
E transitam os barcos no mar em seus altivos desafios.
*
Ah, coração puro! mas que alquimia de cores!
Pintada em espelhos de risos e silêncios e sentidos,
Tal como nos transes das paixões altivas
Ardem menos os vapores do que os amores.
*
Ah, poeta! erro a vibrar nestes teu versos,
Em que todo o coração puro se quer fundir,
Até, no Universo, por paixão, a outros fazer florir!...

Véu de Maya

Ah, vida!-Nos teus véus efémeros/Chopin


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Ah, poeta! quantos olhares e espelhos avistas tu?
Que nuns, entreabres pomares altivos de colheita plena,
Mas noutros, rasgas desertos sombrios e destilas-me nua,
Como a angústia da insónia que se enrola à noite inteira!

Ah vida! E em que alambiques te poderia decantar?
Se é nos teus eternos opostos que te sinto a florir e murchar,
Por vagas de dor e euforias, sob um mar de alquimias incertas,
Tal como, por entre as estrelas, erram constelações secretas!

Ah, poeta!, mas se sou véus-em desafios e sonhos, 
Que é, como nos teus versos, inocente, me arriscas!
Por que é que te jogas ainda, no desenho dos meus rostos,
Sem te cansares de olhar do deserto até aos pomares que avistas?

Ah, vida!, Mas se é nesses contra-partos eternos,
Onde te exploro pura, como silêncio de estrelas em poesia,
Que tu és arco e flecha de cumes e vazios tão secretos!

Qual é o poeta que não ousaria acolher-te no teu fogo?
Como ao mar alto, os navios, na sua intrepidez vadia!...

Véu de Maya

*-for others languages, please,  the Google Translator.Thank You, very much.

Saturday, October 10, 2015

Nostalgia do Outono/Chopin


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Este poema acerca da nostalgia do Outono, depois de declamado pelo poeta, está gravado- copyright- dentro do vídeo, através de uma imagem delicada e ilustrativa desta estação do ano e floreado por telas célebres da pintura Mundial sob a sonoridade estrelar de Chopin...Desfrute da fusão deliciosa entre poesia, música e pintura, por ser um elevado exercício de exaltação para o espírito e de estética relaxante para a harmonia dos sentidos...
Enjoy the harmony: poetry, music and picture, because it`s a very amazing relax. Many thanks.

Yet the poem in portuguese language, for google translator if you want...

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Roda, roda, ó folha de Outono,
Que secaste sem saber...
Mas eu que te toco tão leve
Em que chá te poderia beber!
*
Canto ao vento que te leva
E ao toque que já não podes florir
E ao ver-te rodar assim serena
Como poderia não te esculpir!
*
Sigo ao teu lado pertinho
E ao vaguear no teu caminho
Sorrio-me a passear sozinho
E a sentir-te como idílio já esbecido...
*
Mas ao Baco que à vida sorri
E neste louco altar floresce...
Sob os véus do que festejo em ti
Venho dançar, ó folha de Outono,
*
Pois não quero estiolar como tu
Sem me embriagar neste poema
À nostalgia do que sinto por ti...
*
E ao vento que até na morte se ri
Que sopre até valer a pena...
Na roda em que tudo na vida flori!...

Véu de Maya